Assim como o mercado financeiro não é um território fácil de atuar, afinal, são muitos termos, siglas e investimentos de diversos tipos, o ambiente da Bolsa de Valores também não é simples e demanda do investidor conhecimento prévio antes de fazer parte dele.
Talvez a dúvida que paira na cabeça da maioria das pessoas, que buscam iniciar no mercado acionário, seja sobre o funcionamento da B3 e, claro, como investir nela sem sair no prejuízo. Somado a isso, muitos acreditam que se trata de uma modalidade destinada a pessoas com alto poder aquisitivo.
Entretanto, essa premissa já caiu por terra, até porque, atualmente, investir em Ações não é coisa de milionário e nem de experts no assunto. Na verdade, é preciso conhecer os conceitos básicos e dominar o seu funcionamento, a partir disso, o indivíduo está apto para estrear no mercado de Ações.
Sendo assim, preparamos um material para que você compreenda o funcionamento e, além disso, saiba investir na Bolsa de Valores e não perder dinheiro. Confira!
O que é a Bolsa de Valores?
A Bolsa de Valores é o ambiente em que são realizadas as operações de compra e venda de ações. Em outras palavras, é como um ponto de encontro entre os investidores, onde eles realizam as transações de maneira rápida, organizada e segura.
Logo, quem quer comprar um ativo recorre à Bolsa para achar quem queira vender e vice-versa.
No momento em que um indivíduo adquire uma ação de uma companhia, automaticamente, ele passa a fazer parte daquele negócio, como uma espécie de sócio. Sendo assim, ele tem direito de participar do progresso desta empresa, seja nos lucros ou nos prejuízos.
E como lucrar no mercado acionário? Falaremos sobre isso mais para frente, porque antes é importante entender o que são Ações.
O que são Ações?
Uma ação nada mais é do que uma pequena parte de uma organização de capital aberto na Bolsa de Valores. O valor dos ativos vai depender da quantidade que a companhia disponibilizou e o valor total dos seus bens.
Além disso, é importante compreender que há dois tipos principais de ações, aqueles mais comuns na Bolsa, que são:
Elas são representadas pelo número 3 ao final do seu código de ação e oferecem ao investidor o direito de participar da companhia em questão. Dessa forma, ele pode votar nas assembleias e contribuir nas decisões da mesma.
Em suma, quanto mais ativos ordinários o investidor tiver na sua carteira, maior a sua influência e poder dentro da empresa.
Já os ativos preferenciais, são representados pelo número 4 ao final do seu código e permitem que o acionista tenha prioridade no pagamento dos dividendos – lucros. Além disso, em casos extremos, falência ou fechamento da companhia, eles têm preferência e simplicidade para reembolsar parte do seu capital.
Como funciona a Bolsa de Valores?
Existem duas maneiras de uma empresa obter lucros na Bolsa de Valores, a primeira delas é quando a companhia distribui seus lucros aos acionistas, os chamados dividendos. Portanto, se ela tem um lucro de R$1 mil e disponibiliza 100 ativos na B3, cada sócio receberá R$10 de lucro (1.000/100 = 10).
Nesse caso, já que o lucro foi partilhado entre os investidores, a empresa segue valendo a mesma coisa e mantém o seu valor inicial de ações. Isso porque ela não optou pelo reinvestimento do lucro, que é a segunda forma de lucrar que abordaremos a seguir.
Quando a companhia opta por reinvestir os ganhos que adquiriu nela mesmo, há um processo de fomentação do seu desenvolvimento, visando o aumento dos seus lucros futuros. Logo, o seu valor inicial vai mudar e, automaticamente, o dos seus ativos também.
Portanto, o investidor possui um ativo que subiu de valor e, com isso, ele sai ganhando também. Em outras palavras, a valorização de uma companhia, ainda que ela não distribua os dividendos, é boa para ele, pois está lucrando no valor do ativo que possui.
Para ficar mais claro, vamos a um exemplo:
Se uma companhia vale R$2 mil (valor total dos seus bens) e disponibiliza 100 ativos na B3, eles valerão R$20 (2.000/100 = 20). Se ela lucra R$500 e escolhe distribuir os seus dividendos, ela permanece valendo R$2 mil e os seus ativos seguem no valor de R$20.
Em contrapartida, quando ela reinveste o lucro, as coisas ficam diferentes. Se ela valia R$2 mil, ao acrescentar os lucros, R$500, ela passa a ter um valor de R$2.500 e os seus ativos de R$20, passam a valer R$25 (2.500/100 = 25), ou seja, eles valorizam.
Como investir na Bolsa de Valores?
Ainda que pareça difícil, o ato de investir na Bolsa de Valores é simples. A grande questão é o caminho que deve ser percorrido até o momento da aplicação do seu capital.
Em outras palavras, para investir na Bolsa de Valores e não perder dinheiro, o investidor precisa buscar conhecimento aprofundado no seu funcionamento, além de analisar os balanços da companhia de interesse e o setor que ela está integrada.
Somado a isso, é necessário estar atualizado sobre os noticiários, afinal, o cenário político e econômico do país afeta o desenvolvimento dessas empresas.
Tendo isso em mente, para começar a investir na Bolsa de Valores o indivíduo precisa ter uma conta em alguma corretora. Vale dizer que ela pode estar associada a um banco ou ser independente. Mas, é importante pesquisar qual é a instituição que tem as melhores condições para o seu perfil.
Em seguida, é o momento de escolher os investimentos e enviar a ordem de compra ou de venda por meio da corretora. Sendo assim, ela emite ao sistema de negociação do mercado de capitais e nesse ambiente há uma espécie de “casamento”. Ou seja, é o momento do encontro de quem quer vender com quem quer comprar e vice-versa.
E, antes de finalizar, como diz Warren Buffett, o investidor deve “comprar ao som de canhões e vender ao som de violinos”. Ou seja, precisa fugir do chamado efeito manada e não replicar atitudes realizadas pela maioria das pessoas. Então, não siga o comportamento da manada no mercado, mesmo que pareça ser uma boa opção, você pode estar entrando numa bolha financeira.